segunda-feira, 15 de junho de 2015

Amor a não ser eu-mim-mesma


Acho que o meu problema é ser tão sedenta por prazer e por amor, e necessito de quantidades absurdas de prazer e de amor, vindos de qualquer pessoa que eu sinta simpatia e afinidade.
Devo ter sido uma prostituta em outra vida e carrego comigo um rastro de sedentia por sexo e drogas e tudo o que há de pecado e de profano nesse mundo.
Sinto que trago um pouco da minha vida a cada vez que eu faço essas coisas, porque por mais que eu seja provida de amor em tudo que eu faço, as pessoas não são assim, são desprovidas de amor em seus atos, eu tenho amor em tudo, até em me drogar, só não emano amor com quem eu não gosto e com quem não possuo afinidade simpatia e desejo, nem que seja desejo de conversar e saber o nome.



O problema também é que quando eu descobri que posso conseguir o que eu quiser simplesmente pagando um boquete, se torna um vício o suborno com prazer, se torna um vício descobrir cada novo corpo, cada pelo e cada olho.
Que raiva de mim, que ponho esses desejos inúteis em primeiro lugar, me doando ao primeiro olhar, preferia nunca ter descoberto os caminhos do corpo dos homens, nunca ter agachado e usado minha boca para outros fins nunca ter me dado em todas as formas procuro amor nos outros mas ninguém pode me dar. Amor a não ser eu-mim-mesma.

Texto de uma Moça desconhecida.

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